E é assim uma aula destas com tal professor é mais como um dos dias de Alce Telesforo ou do sanatório.
Eis que o doutor Ocritorides (director da escola) decidiu como pensa de
que. E assim foi. Lá ia Alce Telesforo ter aulas com o Chibanga.
Chibanga era um professor de matemática.
Aprendia-se de tudo nessa aula menos matemática. Chibanga vem de
chibo+banga. Chibo porque ia-se “chibar” de tudo, ou seja, queixava-se
de todo o mal ao conselho directivo (como os alunos levavam com carga a
montes dos pais, por coisas mínimas, ele incentivou-os à revolta). Banga
porque era gordo até dizer chega.
Suas características pessoais distinguiam-se pela sua caspa aérea,
vestuário muito rudimentar, cabelo brancos e pela barriga de grávida.
Tal problema com este professor era a imagem, que todos nós devemos
cuidar e que é muito importante.
Chega ele à aula e vê na porta um desenho com penso higiénico. É então
que se perde um quarto de hora a tentar apurar responsáveis e nada.
Escreve umas fórmulas no quadro e pouco depois vai o Balela e manda um
avião de papel que acerta no professor, quando ele estava de costas. É
então que ele diz:
Óh menino, óh menino! Quer apanhar uma faltinha? Condicionada! – e era então que grande parte da turma se ria.
Para quem nunca percebeu a mecânica da falta condicionada (termo único
com o Chibanga), indicaria que caso o aluno se portasse bem até ao fim
ficaria sem falta e assim acompanhava a aula. Mas isso era uma má
atitude e que os outros professores tomem em conta.
Mas o que realmente fazia tal mau comportamento na sala de aula era o
facto de os alunos não conseguirem compreender a matéria. Ele lidava com
a gente como se fossemos super dotados, ou conseguíssemos lidar
lindamente com as incógnitas, ou fossemos muito rápidos em raciocínio.
Vai mete-se uma gaja no fundo da sala a bater pívias a um rapaz. Um
caso raro, mas que obriga a castigo forte e a melhoramento de
comportamento adequado em público. Não foi apanhada.
Ao fim de meia hora de aula vem o Faustinho e mete-se colado ao professor a chamar-lhe:
-Puta! Puta! Tu és uma puta! Filho da puta! Tua mãe é uma puta.-muito cruel.
O ambiente chegou a tal ponto para não falar do pior.
A aula acaba e vão todos para a rua. Um fim triste. Lá se teve a análise da situação. Enfim!
Alce Telesforo depois do almoço fez das suas. Mete-se a olhar para o sol:
-Porque tás a olhar para o sol? Podes cegar-te!
-Estou a apreciá-lo.
-Não é para bronzear os olhos?
-Não é para apreciar!
Alce Telesforo, o iluminado.
FIM.
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Episódio 5
Episódio 4
Episódio 3
Episódio 2
Episódio 1(veja a personagem)
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