sábado, 18 de agosto de 2012

Um dia com Alce Telesforo 15 e 16


Alce tinha tido um ano a trabalhar que nem um cão e decidiu ir meter-se com uma gaja boa com grandes mamas.
Durante o Verão tinha fartado de mandar mensagens a ela, ir com ela ao cinema e à discoteca, só não tinham ido juntos à praia para sua infelicidade. Ela chamava-se Jenoveva e morava em Almancil.
Numa ultima noite em que ambos tavam no seu lamborghini ele disse-lhe:
-Gosto de ti!-esta era uma prova de amor sincero e verdadeiro, o que é raro hoje em dia. Isto é tão bom como dar chocolates ou flores.

Ela na sua incoerência recusava-se a aceitar e apenas não gostava dele. Se o Alce não pudesse ter sentimentos não o fazia. O trabalho elevado não significa não sentir um fraquinho por uma miúda ou sequer não saber engatá-la. Ela apenas não estava interessada desde o inicio e deu a entender que tudo era como se fosse apenas um click.
Alce foi andando depois de uma conversa de 2 horas.
Depois daquela noite Alce teve uma ideia maluca dos cornos como sempre.
Foi a norte de Estoi e perguntou onde ficava o Adélio. O homem disse que ficava perto de um homem que vende porcos. Adélio era um cigano conhecido na zona pelos seus burros que eram criados com vacas.
Foi então que encontrou o Adélio cigano:
-Não tem nenhum burro à venda?-perguntou o Alce.
-Para que é que quer?-perguntou o Adélio cigano.
-Para ir zurrar à porta.-respondeu o Alce.
-Percebo! Já não é a primeira vez que pedem. A que horas quer?-apressou-se o cigano.
-Ás 4 da manhã.-informou o Alce.
-Então leve este!
E foi um bom negócio.
Na noite seguinte àquele desfecho trágico estava Alce sentado no burro à espera que ele zurrasse à porta da gaja.
Eram já 3:50 e Alce tava contente. A meio da noite não apareceu ninguém.
Mal chegaram as 4:00 o burro começou a zurrar. A primeira pessoa a ver foi a avó da moça:
-É o Alce!-contou a avó da moça à moça, à mãe e ao pai da moça; que mal tinha acordado com a zurrada infernal. A moça desatou a rir-se! Eis uma coisa muito parva à Alce como sempre.
Não tarda acordou toda a vizinhança com a zurrada da besta.
Quando ela viu aquilo no dia a seguir tava no hospício.

Conclusão: nem é só o Alce que tem clickes, o problema é que ninguém sabe como aparecem. Como justificarias o amor? Como justificarias a loucura?
Recomendo “Unleashed” dos Epica ou “Os loucos estão certos” dos diabo na cruz.
E as cantigas de amor?
São tão infinitas como Deus.
O estúpido na sua ignorância, certamente seria o único a não querer saber de nada, incluindo saber o que é o desejo.

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