sábado, 18 de agosto de 2012

Alce Telesforo vai a Fátima


Alce arruma a mala: uma faca para coçar-se, um martelo para o pouco juízo, uma garrafa de água ardente para dormir melhor, um pedaço de frango para lanchar e um pouco de dinheiro debaixo do colchão encardido.
Fica à espera em frente à paragem do autocarro até que chega às 5:30 da manhã.
Na viajem juntamente com as freiras e mais uns católicos ouvem o cd do lado alegre de Amália, interpretado pelo mass murder Roberto Leal, “ponho a mão no meu senhor”, “Gabriel” do Lamb e outras barbaridades do mundo mais estranho. Estranho não é “Marduk” (ensina o que é a guerra), nem o famoso “Lamb of God” (ensina como é a máfia) e nem “Marilyn Maison” (ensina como é a sociedade). Esses sim sabem cantar bem.
Chegam a Fátima e vão logo para a capelinha das aparições.
Na capelinha havia uma pessoa a andar às voltas e que não conseguia endireitar o pescoço desde manhã. Vai o Alce e força a cabeça para o lado oposto como o endireita. De repente o povo grita:
-Milagre!-tinha-se resolvido o problema.
É então chamado pelo bispo para a sé.
Lá dai-lhe uma caganeira. Vai à casa de banho e antes de o fazer recita um poema LINK.
A partir daí todos recitam esse poema quando vão àquela casa de banho em honra do Santo Alce.
Chega o almoço.
Não podia sentar-se ao lado de uma rapariga, por causa que era virgem e assim tinha-se de manter até ao casamento.
Depois do almoço foram às compras.
Houve um certo gajo que vendia frascos com água da retrete, desculpando-se de que a água era benta. Daí pensarem numa lei constitucional parlamentar que legislava as águas bentas, que não podia ser só água del cano; mas que tinham de ter a prova de que tinha sido rezada por um padre, ou bispo, ou que tinha estado numa igreja ou sala de confissão religiosa católica apostólica romana (senão a água não era  benta, claro).
Alce demonstra a sua capacidade de resolver problemas em frente de toda a gente com coisas que nunca ninguém tinha pensado. Passou por um campo desportivo e como faltava gis, Alce deu um pedo no local para delimitar a área de jogo.
Depois no meio de outra missa deu-lhe comichão e estava cheio de gente com ele ao pé do padre. Vá saca a faca para coçar-se.
Era de noite e no hotel bebeu um pouco de água ardente e dormiu.
Era o segundo e ultimo dia, Alce não tomou banho e como tinha-se esquecido de roupa na mala e como a água ardente deu-lhe cabo dos cornos, continua com a mesma roupa noite e dia.
Repete o mesmo estilo de sempre e o regresso a casa é o mesmo que a vinda só que em vez de ser de noite para dia, era de dia para noite. Relembramos as discussões parvas com que ele fazia.
FIM.

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